Considerada um dos pilares para a transformação digital – pela capacidade de virtualizar ambientes e criar simulações de equipamentos, processos e situações –, a tecnologia dos gêmeos digitais está sendo apontada como fundamental para o combate do aquecimento global, fazendo parte do topo da agenda de especialistas e líderes mundiais que participam da 26ª edição da COP (Conferência das Nações Unidas para Mudanças Climáticas) que acontece em Glasgow, na Escócia, entre os dias 31 de outubro e 12 de novembro.
“Relatório divulgado em maio deste ano pela EY, afirma que a adoção de gêmeos digitais pode reduzir 50% das emissões de carbono dentro de edifícios, reduzir 35% os custos operacionais imobiliários e aumentar 20% a produtividade e a eficiência dentro das construções, por conta da melhoria da qualidade dos ambientes de trabalho”, afirma Duperron Marangon Ribeiro, CEO da PhDsoft , empresa de engenharia e tecnologia desenvolvedora do PhDC4D, um dos primeiros gêmeos digitais que entraram em uso no mundo.
“É por isso que as grandes cidades em todo mundo estão avaliando a adoção de gêmeos digitais, uma vez que os edifícios e áreas urbanas são responsáveis por mais de 70% das emissões globais de carbono”, explica.
Para o executivo, para que as nações alcancem suas metas de sustentabilidade e redução nas emissões de gases, além de eliminar o uso do carvão e reduzir o desmatamento, é preciso descarbonizar ambientes urbanos, aumentando o investimento em energia renovável e em tecnologias de baixa emissão.
“É um grande desafio, levando em consideração que a ciência vem mostrando que a taxa atual de redução das emissões ainda é baixa e estamos já nos aproximando de um ponto crítico para garantir a proteção do planeta. É aqui que os gêmeos digitais podem fazer a diferença”, conclui o executivo.